Ao longo do
tempo, as sucessivas gerações, têm sido apelidadas de acordo com a moda, as
condições socioeconómicas ou as características do momento. Já tivemos a “geração
rasca” (apelidada pelo jornalista Vicente
Jorge Silva em 1994), a “geração
à rasca”, a geração X, Y,… e outras tantas sujeitas a epítetos quejandos.
Se tivesse
que escolher um epiteto para a geração actual e num sentido mais lato, diria
que vivemos não na geração mas na sociedade do faz de conta. O “faz de conta” começa logo em casa de cada um com
os pais a fazerem de conta que educam os filhos… Por sua vez, os filhos fazem
de conta que estudam, respeitam e obedecem aos pais… O faz de conta prolonga-se
até à escola com os professores a fazerem de conta que ensinam (subjugados à
indisciplina que grassa na sala de aula) enquanto os alunos fazem de conta que aprendem…
Nas empresas, alguns profissionais fazem de conta que trabalham e alguns
empresários fingem que canalizam os lucros para sustentar e desenvolver as empresas.
Os governantes fazem de conta que se preocupam com o futuro do país enquanto os
deputados fazem de conta que defendem os interesses do povo em detrimento dos
interesses pessoais. Nas empresas públicas, há gestores que fazem de conta que
não são corruptos… e o povo (nem todo) faz de conta que acredita…
Até que chegue a hora da verdade…
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