Há pensamentos que nos
assaltam a mente quando menos se espera por maior que seja o esforço e a
vontade de os afastar. Alguns são agradáveis, por isso, nem nos damos ao
trabalho de os afastar… Os meus são pensamentos quase sempre desagradáveis, geradores
de angústia, depressão e mal-estar. Focalizam-se geralmente no que fiz e não devia ter
feito, nas desconsiderações de que sou ou penso ser alvo,… Enfim, pensamentos
negativos!
Por tal motivo, decidi como
dizia Charles Bukowsky, parar de pensar mesmo correndo o risco de não ter mais
“material” para alimentar este Blog…
“Mas como se faz para parar
de pensar?” Desde
pequenos fomos formatados para pensar: “pensa bem antes de falar”, “não fales
sem primeiro pensar”, “pensa nas consequências antes de agir”, pensa, pensa,
pensa,… Interiorizamos a tal ponto este hábito que às vezes, de tanto pensar, quase
deixamos de falar e, o que é mais grave, acabámos também por deixar de agir. É
a chamada “paralisia por análise”.
O pensamento é um verdadeiro prodígio. Basta pensar em algo para
conseguimos instantaneamente imaginá-lo nos mínimos pormenores. Mas, do mesmo
modo que somos tão hábeis na “arte” de pensar, somos completamente inaptos a parar
o pensamento… Os pensamentos afloram à mente de forma incontrolável mesmo
aqueles que de todo quereríamos não pensar… Parece que quanto mais indesejados,
mais os pensamentos afloram à nossa mente.
Há quem compare o acto de pensar com o de respirar. Fazemos ambos de forma
ininterrupta durante toda a vida. Contudo, enquanto temos a possibilidade de suster
embora por momentos a respiração, parar de pensar torna-se tarefa impossível.
Por mais que se afastem determinados pensamentos, mais eles teimam em voltar…
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