Acompanhei
em silêncio e com muita atenção a instalação de duas lombas no interior do
condomínio onde habito. A realização da “obra” estava prevista para durar dois
dias mas, à boa maneira portuguesa, demorou o dobro, ou seja, quatro dias. Diga-se
em abono da verdade que para isso muito contribuiu o mau tempo que se voltou a
sentir durante a semana…
Não
ignoro, como pessoa bem informada que sou, que aquelas coisas transversais,
rígidas e violentas a que se chamam lombas, têm o objectivo de obrigar o
condutor a reduzir a velocidade sob pena de danificar seriamente a viatura.
Reconheço e aprovo a vantagem (e necessidade) da sua instalação junto a
escolas, creches, jardins-de-infância, lares de 3ª idade… já que nem todos os
condutores possuem o grau de civismo que as tornariam desnecessárias. Mas, no
interior de um condomínio num percurso de acesso às garagens com cerca de 100
metros…! Valha-nos Deus…
No
caso concreto deste condomínio, a existência de um portão automático (quase
sempre fechado) já é motivo suficiente para limitar a velocidade de circulação
no seu interior visto que obriga o condutor a parar durante a abertura
automática do dito portão.
Hoje
tive o “prazer” de estrear as ditas lombas e verificar que, mesmo a 20km/h o
carro sofre um forte ressalto o que, a longo prazo, provocará danos de certa
gravidade nas viaturas tais como:
-
Desgaste prematuro dos pneus, suspensão, apoios do motor e travões.
-
Perda de calibragem dos pneus e alinhamento da direcção.
Só
posso compreender a decisão de instalar as ditas lombas por parte de alguns
daqueles condutores que circulam quer nas vias urbanas, quer em autoestradas (o
que é mais grave) à velocidade de 20km/h para os quais esta velocidade já é uma
temeridade e inconsciência…
Eles
não andam só nas estradas (a atrapalhar e a causar acidentes), também têm casas
onde moram… e instalam as benditas lombas.
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