Etiquetas

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O MAR E EU

Observando mais de perto, desde as mais antigas às mais recentes, constato que o mar serve de pano de fundo à quase totalidade das minhas fotografias.
Admito o estranho fascínio que o mar exerce sobre mim. Não vou tentar sequer escamoteá-lo, logo nesta altura do campeonato. A verdade é que me deixo ir, que adianta resistir-lhe? Como alguém já disse, não sei se é o mar que me leva, ou se o levo dentro de mim.
Por mais que me ponha a olhar, o mar nunca se revela da mesma maneira. A qualquer hora do dia mostra novos encantos dependendo muito do local onde se observa. Há sempre algo de diferente, um Mar dentro do próprio mar.
E a cor, que dizer da cor? Ora azul turquesa, se concorda com os nossos pensamentos, ora verde claro ou escuro, se de todo não concorda…
Contemplando a imensidão do mar, olhos nos olhos, fico por ali a pensar. Ao que me consta, ainda ninguém descobriu onde começa ou acaba.
Às vezes, de vez em quando, o mar mostra outras facetas imprevisíveis, outras marés.
É esta a sua natureza. É assim o mar. Mas quer acorde sereno, ou fora de si,  o mar é sempre o mar. Nós é que não somos…
Ali sentado, junto ao mar, passei o dia ouvindo o que o mar dizia.
Sim por que o mar também fala….
«Chorámos, rimos, cantámos.
Falou-me do seu destino,
Do seu fado...
---------------------------------------
Ele afastou-se calado;
Eu afastei-me mais triste,
Mais doente, mais cansado...
---------------------------------------
Da minha grande Saudade!
Voz amarga de quem fica,
Trémula voz de quem parte...» 

E os poetas a cantar
São ecos da voz do mar!
                                       António Boto, in 'Canções' 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...