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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A VACA QUE VIVIA CÁ EM CASA

A vaca que vivia na minha casa de banho fugiu, pelo menos já não se faz ouvir. Na verdade, o animal a que chamo de vaca, não era literalmente uma vaca. Era apenas um ruído que fazia lembrar uma vaca quando se accionava o autoclismo. Desde que experimentei outra posição para a torneira, deixou de se ouvir.
Agora que se foi, sinto saudades da vaca que presumivelmente vivia no meu WC. Pouco ou mesmo nada tínhamos em comum, exceptuando aquelas lesões a nível cerebral que descoordenavam os nossos movimentos mais comuns. E, enquanto ao animal lhe chamam louco, a mim não me chamam nada… só pensam. A descoordenação só é visível quando me empresta aquele ar de bêbado bem bebido.
Se vivesse na Índia o animal, como animal sagrado, circulava livremente invadindo ruas, lojas e centros comerciais e podia até comer os alimentos ali expostos para venda. Contudo, a “minha vaca” vivia fechada no WC e não saía de lá sob nenhum pretexto. Fazia-se ouvir, mas nunca se mostrou a ninguém.
A vaca que vivia na minha casa de banho, já não vive. Cheguei à conclusão que sai muito mais barato comprar leite no supermercado do que ter uma vaca fechada na casa de banho.

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