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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

MÃE, HÁ SÓ UMA

Já lá diz o ditado “mãe há só uma” e é bem verdade. Nada me custa admitir a existência de muitos, um só ou nenhum pai mas mãe, existe só uma. A que nos pariu no meio de dores, sofrimento mas também muita alegria. Quanto mais não seja por se ver livre de nós ao fim de tantos meses, mas isso é outra história.
Independentemente de ser (ou ter sido) uma boa mãe, o que é certo é que ninguém consegue esquecer-se dessa figura feminina que povoa o nosso imaginário. É ela que cura os nossos dói-dói, que nos cobre as costas quando adormecemos, que finge não entender quando chegámos a casa mal humorados,…
Na verdade pai, de uma maneira ou doutra, também existe, escondido ou simplesmente ausente mas existe. E mesmo ausente, nada de fazer drama, existe sempre o recurso ao Pai Natal… Esse existe de certeza nem que seja num cantinho escondido do nosso coração apesar de ter sido possível, até hoje, obter uma evidência que comprove a sua real existência…
Voltando ao tema, é possível desconhecer-se quem é o pai mas mãe, essa “sabe-se” sempre quem é mesmo naquela idade em as dúvidas superam as certezas.
Aqui fica um louvor aquela que emprestou durante meses o seu Ser e que estará presente durante toda a vida e para além desta, estou seguro.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA VOZ

Existem mil formas e feitios sem conta para comunicar. Pode-se usar a linguagem corporal, gestual ou oral sendo esta, a forma preferida quando se pretende comunicar com desconhecidos.
Cada vez mais se torna imperioso comunicar oralmente caso se pretenda privilegiar o desenvolvimento social e pessoal do individuo. Por isso é muito importante o uso que se dá à voz, aquele som produzido pelas cordas vocais. Graças a esse som, é possível  falar e o que é mais importante, transmitir toda a sorte de emoções que lhe vão na alma.
Neste momento, imagine que não pode usar a sua (linda) voz para comunicar com os demais. Não pode pedir um café, falar ao telefone, cantar, abrir uma conta em qualquer banco… nada. Lembre-se que não pode fazer uso da voz para transmitir todas as emoções que acabam presas dentro de si… Que lhe parece?
Uf…, felizmente era apenas um sonho, uma suposição destinada a compreender como seria ficar no seu canto sem poder passar as emoções que lhe enchem o peito.
Agora que já imaginou, pode voltar a usar a voz que Deus lhe deu e comunicar com toda a gente que lhe apetecer deixando aos estudiosos a linguagem corporal e gestual que tudo dizem sem precisar de falar.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

É NATAL. JINGLE BELLS...

O Natal já lá vai. Pelo menos, este ano, já passou.
Do que ficou escrito, pode depreender-se que não gosto do “Natal” o que não é inteiramente verdade. Fazendo uma retrospectiva, não encontro muitos motivos para recordar com prazer o natal, ou seja, a quadra nunca me trouxe as melhores recordações até ao momento presente…
Reconheço que existe uma certa magia no ar nesta quadra o que só vem aumentar a solidão de algumas (muitas) almas que deambulam pelas ruas desertas das vilas e cidades. Tudo fechado, ruas desertas, gentes recolhidas no seio familiar…
E quem não tem ou não pode ter a família por perto?
Recordo outros natais, a infância, as prendas, quase sempre meias, cachecóis ou um par de luvas, que o dinheiro não dava para mais e sobretudo a decoração da árvore que nos roubava a parca presença daquela que tanta falta nos fazia.
Mais tarde, na adolescência e na fase adulta, o natal que já pouco significava, deixou de ter aquela magia própria do Natal. Vieram por fim, na minha vida errante, os filhos e com eles voltou de novo a tal magia tão característica da quadra natalícia, os presentes e os parentes mais chegados…
Recordo com saudade esse tempo que decididamente passou. Os filhos cresceram, voaram para longe do ninho e os parentes decidiram partir, muitas vezes sem anunciarem essa partida. A doença também chegou sem bater à porta e os natais voltaram aquela solidão acompanhada que já devia ser um hábito.
Resumindo, o que não gosto no Natal é o movimento excessivo nas ruas e grandes superfícies, o consumismo desenfreado, a louca procura da prenda que se tem de oferecer aquele parente esquecido durante o ano.
O Natal já lá vai mas ninguém se livra da troca de presentes que se sucede à oferta do presente em que se finge ser a melhor prenda que se recebe. Acrescente-se o gastar aquele dinheirinho oferecido por quem não sabe mais o que oferecer. E cá estou eu, sentado no meu cadeirão ouvindo músicas natalícias como chamamento da Magia perdida numa qualquer curva do caminho…
O Natal já lá vai, segue-se um Novo Ano em que é obrigatória a diversão…

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

COMEÇA O INVERNO

Adicionar legenda
Falar de algo já foi muito falado, parece tarefa fácil mas não é. Pela mesma razão, torna-se bem mais difícil visto que tudo o que havia a dizer, já foi dito. Mesmo assim, não resisto à tentação de comentar mais um solstício. Falar em Solstício de Inverno sem falar no fenómeno astronómico que lhe deu origem não se compreende mas na Internet podem encontrar-se imensas explicações… Por mais banal que pareça é sempre conveniente recordar o Solstício de Inverno.
Na impossibidade de apagar tudo o que está relacionado com superstição a Igreja vai tentando (e conseguindo) vestir-lhe uma nova roupagem. Qualquer que seja o Solstício (Inverno ou Verão) encontram-se sempre reminiscências de religiões mais antigas que lhe deram origem.
Como não é possível esquecer todo um passado, a Igreja conseguiu conciliar os dois ritos, sendo o Cristão muitas vezes inventado para se sobrepor às religiões mais antigas. De outra forma, o povo  ou se afastava da Igreja ou, o que era mais grave, não ia respeitar as leis que lhes eram impostas. Tornou-se portanto necessária a sobreposição dos ritos Cristãos para manter a harmonia actual.
Depois destas reflexões, só me resta recordar que, este ano (2017) o inverno começa a 21 de Dezembro.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

E VÃO QUATRO

Parece mais uma dissertação inconclusiva sobre futebol, mas não. Muito menos entrarei pelo (obscuro) campo da política. Nenhum dos temas me seduz ao ponto de merecer uma efectiva referência neste blogue. Obviamente guardo para mim as ideias que tenho sobre política e futebol mas, como prometi, não farei deste site uma arma de arremesso para temas tão polémicos como actuais. Tirando estes temas, o que resta então para alimentar este blogue?
Restam apenas quatro histórias tão sentidas, tão singelas que, além de levarem consigo pedaços de mim, procuram um leitor mais atento que as queira ler. É verdade, são já quatro os livros atirados para o fundo da gaveta, o que permite pensar-se que a gaveta é muito grande ou os livros são muito pequenos…!
Como os livros não são assim tão pequenos pois estão sempre a crescer… é lógico concluir-se que a gaveta é muito grande. Contudo, também esta conclusão não corresponde inteiramente à verdade.
Em sentido figurado, quando se faz referência a “gaveta”, literalmente quer-se dizer disco externo onde tudo cabe e todo o lixo que se acumula ao longo de vários anos.
É essa a verdade… É essa a triste realidade.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

É LÁ QUE MORAM AS EMOÇÕES

Durante muitos anos, como a maioria dos leitores, andei convencido que o coração era o centro de toda a actividade humana. Era lá, pensava eu, que se encontravam todas as emoções, desejos, aspirações e frustrações do ser humano.
Estava redondamente enganado e aqui me retrato. A principal função do coração é exclusivamente manter o sangue em movimento. Nada que uma sofisticada máquina não faça… Todas as outras funções (respiração e alimentação) atribuídas erradamente ao coração, devem-se apenas ao sangue.
Depois de aberto e retalhado, nada encontraram dentro desse órgão senão um grande coágulo que ameaçava a toda a hora desprender-se e invadir outras zonas vitais do corpo humano não esquecendo o meticuloso trabalho de “remendar” algumas válvulas que não estavam a desempenhar cabalmente a sua função… A não ser isso, nada mais havia dentro do coração que fosse digno de integrar o relatório.
Mais tarde, aberta a velha “caixa de Pandora” para retirar um angioma que felizmente se revelou benigno, constei, e não foi preciso nenhum relatório, que era aí que todas as emoções estavam guardadas. Nenhuma parcela até ao momento foi esquecida ou sequer alterada. Todos os sentimentos residem nessa pequena caixa  que carregámos para todo o lado sem disso ter consciência.
Não sei se feliz ou infelizmente nenhuma recordação foi minimamente afectada pela intervenção cirúrgica. Já não digo o mesmo no que se refere ao aspecto físico… Aí revela-se a necessidade de um braço amigo que atenue o desequilíbrio característico dessa intervenção.
Exceptuando-se o aspecto físico, todas as outras funções permaneceram milagrosamente inalteráveis. Hoje carrego comigo todo um passado onde é impossível voltar mas que não me é permitido esquecer.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

RUMO AO ALENTEJO #2

Para que não se volte a dizer: Que fazer em Vila Viçosa? Aqui ficam algumas das muitas sugestões.
Uma vez que decidiu visitar Vila Viçosa, não deixe de ver o castelo e, dentro deste, o santuário de Nossa Senhora da Conceição.


Já que aqui está, aproveite para visitar o Museu de Caça e Arqueologia.

É ainda obrigatório ver a igreja de São João Evangelista virada para a Praça da Republica.

Olhar com olhos de ver o belo edifício da Câmara Municipal e o cineteatro.

Mais longe mas não menos digno de ser visto, o Palácio Ducal que abrigou os duques de Bragança até à proclamação da República (1910).

Um pouco mais além, fica a célebre Porta dos Nós.

Saindo do castelo e à sua direita, fica a célebre casa onde nasceu Florbela Espanca que dá nome a ruas e cafés…

Eis um mau exemplo para as nossas memórias…

Um bom exemplo a copiar por outros municípios…

Não deixe de visitar o Museu Bento de Jesus Caraça situado ao seu lado esquerdo.

E… se ainda lhe sobrar algum tempo, pode ainda visitar o Museu do Mármore.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

RUMO AO ALENTEJO

Podia fazer uma resenha da minha vagem, do filme ou do livro mas em nada disso detenho a minha atenção. Direi apenas que chegou finalmente o dia há muito esperado… chegou cinzento, sem sol à vista e consequentemente pouca luz, contrariamente ao que vem acontecendo nos últimos dias.
Tínhamos pensado passar por Fátima onde pernoitávamos e só depois rumávamos a Vila Viçosa onde nos aguardava uma reserva no hotel Marmoris. Devido ao concerto de Gospel em Leça do Balio, invertemos todo o programa.
Não me ofereci para guiar porque sei, de experiências anteriores, que não confiam na minha competência como condutor o que aliás é compreensível. Quem me viu em casa e por essas ruas, acha estranho que conduzindo não se faça notar o efeito dos enjoos…!
Assim sendo, fomos directos a Vila Viçosa. Devido ao (mau) tempo e sobretudo ao frio intenso, muita coisa foi deixada para depois, contrariamente ao que venho aqui frisando mas o frio mata-me.
Não evito deixar algumas sugestões que podem ser úteis a quem visitar esta simpática vila:
Não esquecer de visitar o castelo e, dentro deste, o santuário de Nossa Senhora da Conceição a dois passos do hotel (Marmoris). É de aproveitar para visitar o Museu de Caça e Arqueologia ali ao lado. Reparar em caminho o belo edifício da Câmara Municipal de Vila Viçosa e o cineteatro.
Mais longe mas não menos digno de ser visto, o Palácio Ducal abrigou os duques de Bragança até à proclamação da República (1910). Mais atrás, a célebre Porta dos Nós.
Não deixe de visitar o Museu Bento de Jesus Caraça situado ao seu lado esquerdo. Logo de seguida, procure a casa onde nasceu Florbela Espanca, um mau exemplo das nossas memórias…
É ainda obrigatório ver a igreja de São João Evangelista virada para a Praça da Republica.
Se sobrar tempo, pode ainda visitar o Museu do Mármore.
Como se pode avaliar, não faltam pólos de interesse em plena Vila sem ser preciso recorrer ao automóvel que ficou arrumado no parque interior do hotel.
No regresso, depois das minhas orações e da apresentação (tardia) do carro, rumámos ao Padrão da Légua onde me espera a rotina do costume.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

IMACULADA CONCEIÇÃO

Há dias destinados a recordar e, desta vez, achei pertinente lembrar que após a Restauração da Independência, D. João IV coroou a Virgem Maria com a coroa da monarquia portuguesa. A partir desde essa data, nenhum rei português voltou a usar coroa na cabeça. A nível nacional e muito particularmente em Vila Viçosa. celebrou-se no dia oito a festa à Imaculada Conceição.
Podia ser um dia como todos os outros ou melhor, mais um feriado religioso usado unicamente para passear ou descansar, mas não foi assim. Na minha parca religiosidade esta data podia passar despercebida não fora o significado muito especial que para mim adquiriu.
Quer se queira ou não acreditar, o pós-operatório (extração de um cálculo renal) foi complicado devido a ser um indivíduo hipocoagulado. Depois de vários dias de contínuas hemorragias acompanhadas de dores horríveis, acordei completamente curado neste dia … Daí o significado muito especial que esta data adquiriu.
Há dias em que a Fé move montanhas.
Há dias assim.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

UMA VIDA AO TEU LADO - O LIVRO

Convenhamos que uma vida é muito tempo, mas, quando se fala de tempo, tudo é muito relativo. No caso de Ira e Ruth o tempo não conta… Neste livro, uma vida não é nada comparada com a empatia que se estabeleceu entre os membros dos casais protagonizados.
Algo decepcionado com o livro anterior, comecei a ler “Uma Vida ao Teu Lado”. Noto que o autor de quem li as primeiras obras, abandonou, com alguma pena minha, a velha “receita” que lhe granjeou o estrelato nestas andanças. A obra, assaz conhecida, nunca me decepcionou pela sua profundidade e, ao mesmo tempo, pela leveza que não está presente neste livro. Aqui o autor perde-se em pormenores de pouco interesse mas que aumentam o número de páginas impressas.
Quanto ao enredo, a historinha resume-se à vida de Ira com o qual me vou identificando ao longo do livro e de Sophia e Luke, que  pouco ou nada têm de comum. Só na página 400 das 448 que tem o livro, percebe-se a relação que existe entre os dois casais. Confesso que, logo no início, pensei que a Sophia viria a estabelecer a relação entre os casais que veio a concretizar-se na pessoa de Luke. Nesta parte do livro nota-se a mão experiente do autor na forma como manipula os seus personagens.
Por este e por outros motivos que agora não interessam, acabei a muito custo a leitura deste livro pouco recomendável a quem procura voos mais altos na literatura.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

VER PARA ALÉM DA APARÊNCIA

Sempre me ensinaram a ver para além da aparência e, deste modo, encontrar a discrepância que existe entre o aspecto físico e a essência de cada pessoa. É que o essencial, já lá diz o poeta, é invisível aos olhos. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência.
Efectivamente, vendo para além do aspecto físico, a gente surpreende-se com a verdadeira essência, isto é, com a realidade dos que nos cercam. A aparência não é senão o aspecto que se retém após o primeiro contacto com outra pessoa e quase sempre, enganadora.
Por mais que digam que a aparência não conta, infelizmente acho que depende muito das circunstâncias. Existem incontáveis estudos que demonstram que a aparência tem muita importância na atitude e até na mentalidade de muita gente. Diz-me a experiência que a aparência, embora não seja o mais importante, acaba por ter uma importância decisiva em vários campos de actividade humana.
Convenhamos que dá muito trabalho manter uma certa aparência e nem sempre compensa, mas que ajuda muito a alimentar a auto estima, é inegável.
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